Nos últimos anos, diversos setores começaram a passar por uma verdadeira revolução tecnológica que permanece e se aprofunda cada vez mais.
Começaram a despontar soluções que encurtam a distância entre problema e solução, com foco em reduzir gastos, economizar tempo e automatizar qualquer tipo de tarefa. Assim, o trabalho manual deixou de ocupar várias horas trabalhadas dos profissionais.
Canteiros de obra, por exemplo — antes monitorados por figuras como o apontador —, passaram a ser acompanhados por meio de aparelhos. Estes monitoram desde a entrada de pessoal e material, horas trabalhadas, à evolução da obra. Também conseguem medir a produtividade dos trabalhadores e se os gastos se mantêm dentro do previsto.
Professores passaram a corrigir provas por meio de aplicativos, músicos passaram a produzir seus discos fora dos estúdios, com o auxílio de alguns softwares… E, na advocacia, não foi diferente. Cada vez mais, escritórios e departamentos jurídicos de empresas têm buscado atalhos eficientes para facilitar o dia a dia do trabalho.
Por isso, no artigo de hoje vamos explicar como novas ferramentas de tecnologia na advocacia podem ajudar os operadores do direito a otimizar suas tarefas. Confira!
A tecnologia é uma grande aliada nas mais diversas áreas e o direito é uma delas. Assim, a relação entre os dois é cada vez mais importante, pois a tecnologia tem se tornado imprescindível para as pessoas e empresas como um todo.
Por um lado, o direito tem a tarefa de regulamentar o uso da tecnologia, estabelecendo leis e regulamentos que orientem o uso adequado dela e protejam os direitos individuais, incluindo privacidade, segurança e propriedade intelectual.
Por outro, a tecnologia também afeta a maneira como a lei é aplicada e praticada, com a criação de ferramentas digitais para automatizar processos e aumentar a eficiência do sistema judicial.
Ou seja, a relação entre direito e tecnologia é fundamental para garantir que ela seja utilizada de maneira ética e legalmente adequada, protegendo os direitos dos cidadãos e promovendo a justiça e a igualdade.
Somente em 2021, foram 62 milhões de ações judiciais em andamento, segundo dados da 19ª edição do Relatório Justiça em Números, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília. Além dessas, ainda segundo o documento, 27,7 milhões de novas ações ingressaram no sistema judiciário.
Tal volume infindável de processos não significa só o atolamento no fluxo de trabalho de juízes, desembargadores e ministros. Mas também dos advogados que trabalham em escritórios ou departamentos jurídicos de pequenas, médias e grandes empresas.
Além de ter domínio sobre o assunto tratado e conhecer detalhes de cada uma das ações, o advogado ainda precisa cumprir prazos para apresentar uma defesa, fazer apelações, apresentar provas e convocar testemunhas. Isso sem falar em comparecer com antecedência às audiências agendadas.
Então, como administrar de forma eficiente os milhares de processos com que os operadores do direito lidam todos os dias? É nessa hora que a tecnologia na advocacia pode “dar uma mãozinha”!
Com tanto volume, é impossível gerir de forma manual todas as informações mais importantes referentes a cada processo. Por isso, a tecnologia na advocacia ajuda a aumentar a produtividade. Com ela é possível, por exemplo, automatizar tarefas rotineiras, como a pesquisa e análise de dados. Isso permite que os profissionais do Direito economizem tempo e se concentrem em tarefas mais complexas e estratégicas.
Outro exemplo é o armazenamento e organização de documentos. A tecnologia fornece esse serviço de maneira eficiente, facilitando o acesso a informações importantes. Assim, a tecnologia é uma ferramenta valiosa para aumentar a produtividade, permitindo que os profissionais trabalhem de maneira mais eficiente, eficaz e estratégica.
A tecnologia permite que criar uma presença online que pode aumentar a visibilidade do advogado e trazer mais clientes para ele. Atualmente, qualquer pessoa que queira contratar um serviço procura na internet antes, então ser encontrado lá aumenta suas chances.
Invista em uma presença forte, criando perfis em mídias sociais, um site bem projetado, produzindo conteúdo útil e relevante, como artigos, blogs e vídeos. Isso ajuda a posicionar o advogado como um especialista em seu campo e aumentar a confiança e a credibilidade do cliente em potencial.
Por favorecer a comunicação das mais diversas formas, bastando somente dispor de um celular ou computador e internet, a tecnologia permite que os advogados atendam pessoas em todo o mundo. Seja por meio de uma videoconferência, onde um está na China e o outro no Brasil (ou em qualquer lugar) ou ainda por um aplicativo de mensagem instantânea. O fato é que as barreiras geográficas já não existem mais, graças a tecnologia.
A evolução está tão avançada que nem o idioma é mais um empecilho para quem deseja atingir mercados internacionais, ainda que não fale outra língua. Plataformas como o Google Tradutor podem traduzir documentos e conversas em tempo real, permitindo a comunicação entre as pessoas.
Tecnologia jurídica é o uso da tecnologia para melhorar e otimizar processos e práticas no campo do Direito. Ela abrange inúmeras soluções, ferramentas e plataformas que são desenhadas especificamente para atender às necessidades dos profissionais do Direito.
A tecnologia jurídica pode abranger várias áreas, incluindo automação de tarefas, gerenciamento de documentos, pesquisa legal, análise de dados, entre outras. Elas buscam melhorar a eficiência, a produtividade, a precisão e a acessibilidade dos serviços legais, tornando-os mais rápidos, econômicos e acessíveis.
Conforme já dissemos anteriormente, a tecnologia tem desempenhado um papel fundamental no campo do Direito, oferecendo uma série de benefícios e oportunidades. Aqui estão mais algumas maneiras em que é possível observar isso.
Processos operacionais tendem a ser repetitivos e maçantes, portanto poder otimizá-los é um ganho enorme. Dessa forma, a tecnologia na advocacia ajuda com a automação de tarefas, tornando o que era rotineiro e repetitivo, automatizado. A pesquisa nos diários oficiais é um bom exemplo disso. Isso permite que os advogados se concentrem em tarefas mais complexas e estratégicas, aumentando sua eficiência e produtividade.
Como a tecnologia permite coletar e analisar dados sobre os clientes de maneira mais eficiente, os advogados podem oferecer serviços mais personalizados e adaptados às necessidades específicas de cada um. Por isso, saber informações demográficas, preferências, histórico de casos anteriores e interações com o escritório de advocacia ajuda muito a realizar um atendimento diferenciado.
Além disso, a comunicação direta entre advogados e clientes, como e-mail, mensagens instantâneas e videoconferências, permitem que a interação seja realizada de rápida e conveniente. Isso ajuda a estabelecer uma relação mais próxima e permite uma compreensão mais profunda das necessidades e expectativas do cliente.
Os recursos e ferramentas tecnológicas existentes no mercado auxiliam os operadores do direito a desenvolver e executar suas estratégias de marketing jurídico de forma eficiente. Por meio delas é possível ao advogado fazer pesquisa de mercado, analisando dados e identificando tendências, clientes em potencial etc.
As redes sociais, por exemplo, permitem que o profissional utilize o marketing de conteúdo para propagar o seu conhecimento jurídico e assim aumentar a sua visibilidade. Dessa forma, eles podem estabelecer sua expertise, engajar os seguidores e atrair potenciais clientes.
Não tem como ter uma gestão eficiente do escritório de advocacia sem o auxílio da tecnologia. Afinal, ela oferece uma série de recursos e ferramentas que ajudam a otimizar processos e aumentar a produtividade.
A gestão de documentos e processos, a automação de tarefas, o gerenciamento de prazos e calendários são só alguns exemplos de como a tecnologia pode otimizar o negócio.
Há softwares tão completos no mercado que permitem ao usuário ter todas essas funcionalidades juntas em um só lugar. Assim, os advogados armazenam e gerenciam os processos de forma mais eficiente e, ao mesmo tempo, conseguem automatizar tarefas operacionais repetitivas e maçantes. Além disso, ainda podem controlar prazos, acompanhar o andamento das demandas e muito mais!
Isso economiza tempo, minimiza erros, ajuda a evitar a perda de prazos e garante que as atividades sejam concluídas em tempo hábil. Desse modo, os advogados e a equipe podem se concentrar em tarefas mais complexas e estratégicas.
Há mais de 30 anos, os computadores começaram a fazer parte da realidade dos escritórios de advocacia e ajudaram a acelerar a confecção de ações. Mesmo assim, os advogados ainda tinham que se dirigir ao fórum várias vezes ao dia, receber clientes, resolver pendências pelo telefone, armazenar as ações em pastas, procurar por papéis que ficaram perdidos em algum deslocamento.
Ao longo do tempo, mais ferramentas foram sendo criadas para facilitar o serviço dos advogados. Os tribunais, por exemplo, passaram a desenvolver mecanismos de busca para restringir o número de processos procurados em uma determinada pesquisa. Dessa forma, a procura por informações se tornou muito mais rápida.
Não é de hoje que os tribunais têm se adaptado à revolução tecnológica, alterando e atualizando suas operações. O advogado artesanal do século XX ficou para trás e deu lugar ao advogado 4.0, de olho nas soluções digitais para seus problemas.
Um exemplo disso é a explosão do número de processos eletrônicos na Justiça, que ficam disponíveis 24 horas para consulta e permitem que um advogado só precise ir ao fórum em ocasiões especiais.
Mas se engana quem acha que essa revolução termina aí. Na verdade, a tecnologia na advocacia tem apresentado soluções cada vez mais inovadoras para escritórios e departamentos jurídicos, que movimentam milhares de ações todos os anos.
A advocacia está em constante evolução e certamente continuará a se transformar no futuro, devido ao avanço da tecnologia e às mudanças sociais. Algumas tendências e possíveis cenários que podem impactar a advocacia em breve são mais evoluções do que já vemos atualmente.
Um quesito que ainda tem muito a mudar é a parte ética e questões legais relacionadas à tecnologia na advocacia. Com o avanço dela, surgirão novas questões éticas e legais complexas que precisarão ser abordadas. Isso deve incluir, por exemplo, questões de privacidade, segurança de dados, responsabilidade em inteligência artificial e outras. Os advogados terão um papel importante na moldagem dessas regulamentações e na proteção dos direitos e interesses dos indivíduos e empresas.
Um exemplo do que já temos de novas tecnologias no direito e deve aumentar é a automação de tarefas. Isso se deve também às novas formas de inteligência artificial (IA), como a IA generativa, cuja mais conhecida atualmente é o chatGPT. Outro é também o aumento do uso de dados e análise preditiva. Hoje, isso já é feito, porém ainda há uma parcela muito grande de profissionais que não utilizam ou ainda não entenderam o potencial disso.
Hoje, e cada vez mais, um advogado precisa de muita agilidade para encontrar rapidamente o que precisa. Em meio a tamanho volume de processos, uma pesquisa manual nas ferramentas de buscas de tribunais pode ser extremamente desgastante, e as chances de demorar demais para encontrar o que se procura são enormes.
Nesse sentido, alguns softwares elaborados especialmente para o meio jurídico já conseguem, por meio da integração das informações, entregar ao advogado exatamente o que ele precisa em relação a cada um de seus processos. Pode ser a distribuição de uma nova ação, uma publicação de algum diário oficial, uma atualização nas custas etc.
Viu como a tecnologia na advocacia faz diferença? Se você quiser se beneficiar dela também, a gente pode te ajudar! Entre em contato conosco e veja o que podemos fazer por você! Até a próxima!
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