Falar em robotização na advocacia pode até parecer alguma coisa saída diretamente de uma obra de ficção científica, não é mesmo? Podemos garantir, no entanto, que o futuro já chegou e que todos os grandes escritórios de advocacia do país já usufruem dos seus benefícios.
Se você ainda não está totalmente familiarizado com o impacto das novas tecnologias no setor, então o artigo de hoje foi feito exatamente para você. Vamos falar um pouco sobre a automação na área jurídica e como ela está ajudando a transformar completamente a atividade do advogado.
Confira a seguir o nosso conteúdo completo!
Não é de hoje que a advocacia e a tecnologia têm formado uma parceria de sucesso. Aliás, os advogados sempre foram pioneiros nesse quesito. Foi assim com os processadores de texto, computadores pessoais, impressoras, pagers, telefones celulares e aparelhos de fax, por exemplo.
Apesar de serem pioneiros na tecnologia, os advogados devem tomar alguns cuidados especiais no momento de implementar novas possibilidades. Em primeiro lugar porque não exercem uma atividade comercial, como é o caso das empresas e depois porque devem obediência às disposições do Estatuto da OAB, que veda algumas práticas, como, por exemplo, o atendimento a clientes por meio da internet.
Isso não quer dizer que os advogados não possam se valer da tecnologia da informação e da robotização, já que até mesmo a administração pública vem se modernizando e adotando um modelo de gestão mais gerencial, vendo o cidadão como cliente. O que isso quer dizer é que as novidades devem ser submetidas ao devido dever de cautela.
A palavra robotização, por algum motivo, acaba projetando na cabeça do advogado a ideia de impessoalidade e padronização automatizada da prestação do serviço advocatício. Essa, no entanto, é uma imagem bastante equivocada da função dos robôs dentro do contexto da advocacia.
Aliás, a ideia da robotização é justamente o inverso! A ideia é fazer com que o advogado possa dedicar 100% do seu tempo às atividades propriamente jurídicas e que possa voltar sua atenção para aquilo que importa de verdade: patrocinar a causa do seu cliente. Como consequência disso, o advogado consegue ficar mais próximo do cliente e oferecer um serviço mais humanizado.
Procure observar quantas horas do seu dia você perde:
Agora responda: esse tipo de trabalho precisa ser feito por um advogado, profissional extremamente qualificado e cuja mão de obra não é nada barata? Evidentemente que a resposta será negativa. Esse tipo de trabalho não precisa ser feito por um advogado. A verdade é que não precisa ser feito por ninguém!
A tecnologia da informação já criou ferramentas capazes de automatizar essas tarefas meramente formais, que não dependem da tomada de decisões ou da intervenção de um profissional habilitado.
A essa altura certamente já deu para perceber onde queremos chegar com isso. A tecnologia da informação foi a chave para que os grandes escritórios de advocacia do Brasil conseguissem simultaneamente aumentar sua produtividade e reduzir custos com mão de obra. Isso foi possível graças a algumas funcionalidades de automação que passaremos a ver com mais calma a partir de agora.
Quem já viu de perto a rotina de um escritório de advocacia sabe que pelo menos 90% de todo o volume de trabalho é composto por causas repetitivas. Até mesmo os tribunais já se adaptaram a essa nova realidade com os incidentes de demandas repetitivas previstos no novo CPC.
Do ponto de vista do advogado, a grande perda de tempo é ter que preencher manualmente a qualificação das partes, o endereçamento, a fundamentação legal e a jurisprudência aplicável em cada petição. Um bom software pode ajudar o advogado com modelos inteligentes, importando dados do sistema para a petição, de modo a facilitar esse trabalho mecânico e repetitivo.
Outra atividade com a qual advogados e assistentes administrativos costumam perder bastante tempo é o cadastro de processos no sistema. Mais uma vez, é uma atividade que simplesmente não precisa existir, na medida em que o próprio sistema — munido apenas do número do processo — pode acessar as informações contidas no portal do tribunal e preencher automaticamente dezenas de campos, como o nome das partes, de seus procuradores, a vara em que tramita o processo, o valor da causa etc.
Mais uma tarefa burocrática e mecânica que toma bastante tempo dos advogados é a de buscar periodicamente a atualização da movimentação processual de todos os processos sob os seus cuidados. E a maneira que a tecnologia encontrou de resolver esse problema é fazer com que as atualizações venham até o advogado e não o contrário.
A gestão de intimações pode ser um verdadeiro problema na vida de um advogado. Por vezes, a intimação sai no nome de um advogado que não está mais acompanhando o processo e, em outras, sai no nome do escritório, assim como também pode sair no nome de diversos profissionais.
O grande desafio passa a ser fazer com que a informação chegue a quem precisa, eliminando eventuais redundâncias. É exatamente para esse tipo de tarefa que servem os robôs. Eles varrem os dados disponibilizados na internet pelos tribunais em busca de intimações filtrando os resultados pelos nomes e números da OAB dos advogados da banca e entregam essas informações da forma mais conveniente possível.
Podemos afirmar sem medo de errar que as consequências que a revolução digital fez desencadear serão sentidas na pele por todos, até mesmo pelos advogados que escolheram não aderir às novidades. O que estamos querendo dizer com isso é que muitos profissionais deixam as boas oportunidades passarem pelo medo da mudança, não se dando conta de que a mudança é inevitável e que não fazer nada já é fazer alguma coisa.
É exatamente isso o que acontece com a robotização na advocacia. Participemos ou não dessa nova realidade, não há como negar que ela chegou para ficar e já está promovendo amplas mudanças no cenário.
E aí, gostou deste post e quer incluir a robotização na sua rotina também? Então fale conosco!
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